André Ramos Reumatologia

  Depois de algum tempo de experiência como reumatologista e vendo tantos pacientes perambulando de médico em médico ou diversos outros profissionais, quando vejo um paciente chegando no meu consultório e ao final da consulta eu tendo a certeza de que se trata de um caso de fibromialgia , eu respiro fundo e tenho duas sensações, de alívio e de desafio. Duas coisas são essenciais para o reumatologista definir bem esse diagnóstico, ver e ouvir . Examinar e pedir exames tem a função única e exclusiva de observar se há algo além. E me permitam a falta de modéstia, o diagnóstico mais confiável é o do reumatologista bem treinado. Além das características objetivas que a gente sabe de cor, tem aquela sensação ou estalo que é essencial. Cada paciente tem seu tempo, demora 10 ou 30 minutos, às vezes, 1 hora, e em alguns casos, bem mais que isso. O contato pessoal, o olhar no olho nos permite enxergar o que é a verdade por trás das palavras e a partir desse momento o paciente não pode mais

               Em um mundo com tantas possibilidades estamos o tempo todo pensando em como  ter cada vez mais. Ter um carro novo, uma casa melhor e mais curtidas nas redes sociais. E quando conseguimos o tal carro novo, essa casa melhor e mais seguidores, descobrimos que há um ‘novo’ carro novo, uma casa ainda melhor, alguém que tem mais curtidas e seguidores. Então tudo o que você conseguiu não parece tão bom assim. Olhamos para o que temos e tudo parece tão pouco, você não é tão bom quanto imaginava. Aí vem o questionamento, será se valeu a pena lutar tanto? E se eu ir além? E se algo inesperado acontecer? Haverá dor, doença ou morte no caminho? Medo é o sentimento que inicia o estresse físico e mental. No mundo físico, corremos ou lutamos para nos defender de algo que põe em risco nosso corpo e nossa vida. Esse sentimento  tem uma função clara, exige com que tomemos a decisão de fugir ou lutar. Enquanto não tomamos essa decisão permaneceremos imóveis. A imobilidade nos fará inevit

A dor é o principal sintoma pelo qual os paciente procuram o reumatologista e geralmente o fazem quando não há uma causa evidente. Quando se tropeça ou batemos o cotovelo na porta, é evidente a causa da dor, mas quando não acontece isso ou quando essa dor se prolonga além do habitual? O que aconteceu? O que está causando isso? Em primeiro lugar, imaginamos que houve alguma lesão mais séria, talvez uma fratura ou rompimento de algum ligamento quem sabe, talvez seja melhor fazer um raio X. Vamos lá fazer o raio X ou a tomografia. Quebrou! Então vamos operar, vai dar tudo certo! Vida que segue… Mas não, o raio X ou a tomografia não mostrou nenhum osso quebrado. Então está bem! Agora é hora do ultrassom ou da ressonância ver se tem algo rompido. E realmente veio um ligamento rompido ou quase rompido, é preciso operar? Sim ou não, mas bem, eu já sei o que tenho, vida novamente segue, ou opero, ou isso vai passar. Mas e quando não passa, o que fazer? É melhor entender um pouco mais a fundo.